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Pesquisa sobre cibercrime

Um novo relatório da empresa de segurança AVG Technologies revela como a explosão no tamanho e na complexidade do crime cibernético global, combinada com a complacência surpreendente dos usuários mais jovens, está colocando vidas em risco. Os dados foram comentados por Tony Anscombe, embaixador mundial da AVG, durante evento realizado pela desenvolvedora em São Paulo.

A pesquisa, realizada em agosto com sete mil usuários da França, Alemanha, Itália, Polônia, Rússia, Reino Unido e República Tcheca, é de autoria da agência de pesquisa The Future Laboratory. Ela apurou que, enquanto os criminosos virtuais e programas maliciosos estão se tornando cada vez mais sofisticados e difíceis de detectar, os usuários estão, de forma alarmante, tornando-se menos vigilantes sobre a proteção de seus dispositivos online.

A combinação desses dois fatores apresenta um cenário de cibercrime potencialmente desastroso. O levantamento também destacou o fenômeno dos chamados “wetware“, em que o elo fraco na cadeia de segurança não é a tecnologia, mas sim o usuário humano.

Os resultados foram alarmantes: um terço dos europeus entrevistados não atualizam sua proteção antivírus. E como cada vez mais criminosos cibernéticos estão se concentrando em enganar o ser humano ao invés da máquina, fazendo o usuário baixar e instalar um software malicioso. Este meio de entrar computador de um usuário ignora averificação de segurança normal e faz o “wetware” o elo mais fraco.

“Está cada vez mais simple tornar-se um cibercriminoso. É possível comprar malwares facilmente pela Internet, e caso seja criada uma vacina para o ataque o responsável pela venda pode até modifica-lo para que seja novamente eficiente”, alerta Tony Anscombe.

Segundo o relatório, a Geração Y, que cresceram com uma consciência de ameaças digitais, são os mais imprudentes, sendo que quase metade dos ingleses entre 18 e 35 anos não atualizam seus softwares antivírus. “Se essas pessoas continuarem a se comportar dessa forma, poderemos testemunhar um desastre em forma de cibercrime, que afetará não apenas os usuários pessoais, mas também empresas e governos”, explica Mariano Sumrell, executivo da AVG Brasil que também participou do evento.

Os usuários da plataforma Mac também estão desprotegidos. E esses, segundo Tony Anscombe, são os que mais podem ser prejudicados com o cibercrime, já que poucos têm consciência dos perigos que correm. E, quando fazem download de um antivírus, a chance dele ser falso e na verdade contaminar a máquina e roubar os das da vítima é enorme.

“As plataformas Apple são muito fáceis de serem invadidas. Como o número de usuários está crescendo exponencialmente, a chance de ganhos com sua invasão está atraindo muitas pessoas mal intencionadas. Os usuários não conhecem esses perigos e chega até a ser curioso, muitos se acham invencíveis. É preciso educar o mercado no sentido de que proteção é necessária”, aconselha Tony.

Outras principais conclusões do relatório:

– O cibercrime está aumentando, assim como as ferramentas e táticas que antes eram usados ​​por hackers. Agora são ‘gangues’ que comandam fraudes em bancos e roubos de identidade.

– Smartphones não são mais apenas telefones, são mini-PCs, e os consumidores não conseguem perceber que isso os torna tão vulneráveis ​​ao cibercrime como um computador. Apenas 4% dos franceses e usuários de internet em smartphones estão preocupados. Dinheiro e dados podem ser roubados via SMS – um crime que os consumidores não sabem que estão suscetíveis.

– Os consumidores estão cientes da necessidade de proteção antivírus, mas um em cada dez pesquisados ​​não consegue manter sua proteção atualizada. De forma alarmante, o grupo etário de 18 a 35 anos, muitas vezes citado como o grupo que está mais ciente digitalmente, é particularmente complacente com isso.

Relatório completo:

http://www.avgbrasil.com.br/futuro-do-cibercrime

 

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