O Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil) divulgou o resultado da 1ª pesquisa sobre o Panorama do Uso de Web Analytics no Brasil, elaborado por Amanda Gasperini, da iProspect, Gabrielle Ferreira, da Globosat, e Ruy Carneiro, da WA Consulting, membros do Comitê de Web Analytics do IAB Brasil. Entre agosto e setembro deste ano, foram realizadas 174 entrevistas, por telefone, com os profissionais responsáveis pelo trabalho de web analytics nas maiores e melhores empresas do País (de acordo com a edição anual publicada pela revista Exame) de 15 setores de mercado.
Entre as empresas analisadas, 89% usam alguma ferramenta de Web Analytics, porém o uso não é feito de forma completa, o que não garante resultados efetivos que o trabalho pode oferecer. Entre os entrevistados, 66% revelaram que a empresa não considerou o Web Analytics como prioridade na criação dos sites, perdendo, assim, a análise do impacto inicial causado pelo seu investimento em uma página da internet, e 36% ainda não utilizam ferramentas com a metodologia de coleta através de tag ou não sabem distinguir. Entre as empresas que consideravam a ferramenta prioridade, apenas 34% a implementaram no início do projeto.
Outro comportamento detectado é que 53% dos entrevistados não realizam as alterações necessárias na ferramenta assim que solicitado, demonstrando, mais uma vez, a falta de prioridade. Comparando-se o comportamento das companhias brasileiras com as norteamericanas e européias, impressionantes 82% das empresas entrevistadas no Brasil usam ferramenta gratuita para a coleta de dados contra 18% nos Estados Unidos e 35% na Europa.
Apenas 12% das empresas usam ferramentas de painéis, ou seja, comparativas. “Isso quer dizer que 88% das empresas brasileiras não usam um panorama de comparação com seus concorrentes no universo digital”, destacou Amanda Gasperini, da iProspect.
O baixo investimento em profissionalização e, consequentemente, na falta de profissionais qualificados foi outro problema identificado pela pesquisa no cenário de Web Analytics. Para definir o perfil do profissional responsável pela área foram solicitados, para a entrevista, os contatos de diretores ou gerentes. Entretanto, 41% dos profissionais indicados são assistentes ou analistas que revelam ter dificuldades em analisar os dados dos sites, principalmente no momento em que precisam apresentar os retornos dos investimentos realizados.
“Mas, se por um lado esse número demonstra que o Web Analytics ainda não tem o valor necessário dentro das empresas, ele também representa uma boa mudança: o trabalho não é mais diretamente ligado ao departamento de TI, o que significa que análise da audiência na internet deixou de ser um assunto simplesmente tecnológico e passa a ser cada vez mais visto como ferramenta de planejamento e tomada de decisões”, avaliou Amanda Gasperini.
A pesquisa revela, também, que o W.A. ainda é um campo pouco explorado mas que merece atenção das empresas já que a mídia online é a que tem apresentado o maior crescimento nos últimos anos. “Investir em profissionais qualificados e em ferramentas que auxiliem a medição da audiência dos sites é uma atitude que as empresas precisam incorporar em seus planejamentos, para garantir o retorno esperado”, sinalizou o presidente do Comitê de Web Analytics, Ruy Carneiro.
Ainda segundo Carneiro, “é preciso mudar a cultura interna das empresas para que finalmente se compreenda o Web Analytics como ferramenta estratégica de negócios. É necessário definir objetivos claros para as métricas e manter equipes focadas nisso. Os profissionais de Web Analytics devem ser envolvidos no planejamento. Só assim poderão se apropriar dele, ou seja, sentirem-se parte e compreender a relevância das análises e como elas podem ajudar a traçar estratégias cada vez mais assertivas no mundo digital, contribuindo, assim, para que as empresas ganhem vantagem competitiva”.
Marcelo Bernstein
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