Recentemente, muitos usuários do Facebook receberam o convite para o aplicativo “Unable Dislike Button”, que prometia o aguardado botão “não curti”. Em poucas horas, mais de oito mil pessoas caíram na armadilha, e instalaram um programa que facilita o roubo de dados e replica o convite aos contatos da vítima. Essa e outras ameaças que estão contaminando computadores, smartphones e tablets via Facebook utilizam as mesmas técnicas de pishing dos golpes via e-mail, que induzem usuários a baixar um programa ou acessar um site que infectará o equipamento.
Portanto, somos sempre ameaçados pelos mesmos golpes. Mas então, por que muitos ainda caem na armadilha? A chave é o comportamento online. A possibilidade de acesso móvel a internet e as variadas ferramentas para conexão ainda são novidades e, por isso, muitos ainda não atentaram para os riscos inerentes às atividades em rede e ainda agem de forma ingênua, não verificando a procedência de e-mails, links e aplicativos.
Para proteger-se contra essas ameaças, duas atitudes são fundamentais: ter um bom antivírus e, acima de tudo, ligar o “desconfiômetro”, ser prudente. Então, nós, profissionais da segurança, temos a missão de conscientizar os usuários sobre o comportamento seguro na internet, levando nosso trabalho para além do desenvolvimento de bons softwares de proteção.
Mas, para que as informações sobre riscos tenham utilidade prática, a conscientização precisa de aliados importantes: pais, educadores e o ambiente corporativo. Muitas crianças aprendem a mexer no computador ou smartphone antes mesmo de amarrar os próprios sapatos, então os pais e educadores devem orientá-los sobre segurança online desde o início de seu contato com a tecnologia, para que o hábito seguro torne-se parte de sua vida.
Nas empresas, o foco deve ser a proteção de suas redes e a instrução de seus colaboradores quanto às práticas seguras para uso da internet, minimizando riscos de perdas de dados e à segurança de seus funcionários. O aumento da utilização de equipamentos pessoais no trabalho reforça a necessidade de atenção, pois sem as devidas orientações, a prática expõe as redes corporativas a riscos ainda maiores.
E se já foi instalado o aplicativo malicioso?
Se você só notou o risco de um aplicativo malicioso no Facebook após clicar nele, fique atento às dicas: ative as ferramentas de verificação do seu antivírus para checar se foi contaminado e, em caso positivo, faça a desinfecção. Mesmo caso não tenha sido diagnosticado nenhum vírus, altere a senha do Facebook. Como a ameaça chegou por meio da rede social, o hacker pode ter tido acesso aos seus dados.
Quase um bilhão de pessoas usam o Facebook no mundo, então, a tendência é que novas ameaças surjam e a melhor arma contra elas é o cuidado. Mantenha seu antivírus atualizado e seja cauteloso quanto aos links, arquivos recebidos ou qualquer conteúdo de procedência duvidosa. Para ajudá-lo nessa tarefa, continuaremos desenvolvendo softwares que minimizem os riscos e o alertando sobre novas ameaças. Afinal, sua segurança é nosso trabalho, mas está também em suas mãos.
Mariano Sumrell
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